A Ana é uma menina muito bonita, simpática, inteligente, e toda a gente gosta muito dela.
De vez em quando, as coisas não acontecem como seria desejo da Ana, pelo que ela fica com uma cara muito séria e não fala, porque é, como se costuma dizer, "senhora do seu nariz". Nessas ocasiões não parece nada aquela menina tão linda!
Desconhecia esta faceta da Ana e fiquei surpreendida quando a mãe, a Leonor de quem sou muito amiga, mo disse uma vez que estava descontente e triste. Foi apenas um desabafo de amiga para amiga. É certo que todos temos defeitos, mas as mães ficam muito tristes quando os filhos manifestam qualquer sentimento menos agradável. Mas a Ana tem tantas qualidades, que este pequeno defeito passa despercebido, porque não prejudica ninguém.
Agora reparo, que estou a falar nas qualidades e defeitos da Ana, quando queria dizer:
A Ana fez ontem anos e como tem muitos amigos...
- Quem adivinha o que aconteceu?
Bem, como ninguém adivinha, vou contar:
Os amigos resolveram homenageá-la com um jantar e, como estão todos de férias na praia, a festa foi à beira-mar. Foi um jantar muito agradável, a noite estava fabulosa e divertiram-se muito. Não faltou o bolo de anos com velinhas e, a propósito de velinhas, quero dizer que se viram gregos para as acender, pois o Senhor Vento estava bastante atrevido e soprava, soprava... Mas a dada altura, pensou que estava a ser mauzinho e deixou que se acendessem as velas. Ficou quietinho debaixo do toldo e foi observando tudo que faziam. Achou graça, quando cantaram "Parabéns a Você" e a Ana, de um sopro só, apagou as velas. Achou esquisito, quando depois de apagadas as velas bateram palmas, e pensou:
- "Quando sopro ninguém bate palmas!
Hei-de perguntar àqueles jovens, qual a razão por que bateram palmas".
O Vento acabou por não perguntar nada sobre as palmas, ficou só ali muito quieto a apreciar a festa, que estava divertidíssima.
Referi-me apenas a uma parte da festa, mas antes, em casa da Ana houve festa também. É certo que, como toda a gente procurava a Ana, foi difícil preparar as coisas para a festa, dado que era um corrupio, ora para a porta, ora para o telefone que não parava de tocar, e a Leonor estava a ver que não conseguia fazer os preparativos a tempo e horas. Contudo, com a boa vontade de todos, tudo se conciliou e fez-se uma festa bastante agradável.
A maior surpresa da aniversariante, foi quando uma das vezes que bateram à porta, espreitou pelo ralo para ver quem era e, deparou-se com três Ursinhos. (nunca se deve abrir a porta sem espreitar pelo ralo, e a Ana sempre foi muito cuidadosa. Quando era pequenina levava um banquinho para junto da porta e subia para chegar ao ralo e espreitar. Nunca se deve abrir a porta sem saber a quem).
- Que quereis, Ursinhos? - perguntou a Ana.
- Felicitar-te! - responderam sorridentes, mãozinhas levantadas para mostrar os balões que levavam para a Ana.
A Ana ficou boquiaberta, porque não conhecia os Ursinhos, mas achou-os tão encantadores, que abriu a porta e mandou-os entrar. Eles tinham ouvido falar da Ana e tinham que a conhecer, por isso se atreveram, ainda que com o risco de não serem recebidos (às vezes as pessoas têm medo dos ursos!)
Apresentados a toda a família, a aniversariante encaminhou-os para a mesa muito bem posta onde não faltavam as melhores iguarias e belos enfeites. Ali, saborearam petiscos nunca imaginados por eles e ainda assistiram ao partir do bolo de anos, que comeram com satisfação, tão delicioso ele estava.
Para despedida, os Três Ursinhos cantaram uma cantiguinha à Ana:
Nós somos os três Ursinhos
brancos da cor do algodão
dos meninos amiguinhos
do fundo do coração
Da Ana ouvimos falar
e do seu aniversário
da festa a organizar
da escassez do horário
Como somos atrevidos
batemos à porta dela
e fomos bem recebidos
baptizámo-la de BELA
A Leonor atarefada
com atenção às visitas
e que bela pequenada
fatiotas tão catitas
Parabéns à nossa BELA
radioso como flor
bonita mas bem singela
por isso é um AMOR
Quando à noite se juntou aos amigos na praia, a Ana falou-lhes da visita dos Ursinhos e repetiu os versinhos que eles lhe dedicaram.
Foi um dia inolvidável para todos e, sobretudo, para a Ana.
De vez em quando, as coisas não acontecem como seria desejo da Ana, pelo que ela fica com uma cara muito séria e não fala, porque é, como se costuma dizer, "senhora do seu nariz". Nessas ocasiões não parece nada aquela menina tão linda!
Desconhecia esta faceta da Ana e fiquei surpreendida quando a mãe, a Leonor de quem sou muito amiga, mo disse uma vez que estava descontente e triste. Foi apenas um desabafo de amiga para amiga. É certo que todos temos defeitos, mas as mães ficam muito tristes quando os filhos manifestam qualquer sentimento menos agradável. Mas a Ana tem tantas qualidades, que este pequeno defeito passa despercebido, porque não prejudica ninguém.
Agora reparo, que estou a falar nas qualidades e defeitos da Ana, quando queria dizer:
A Ana fez ontem anos e como tem muitos amigos...
- Quem adivinha o que aconteceu?
Bem, como ninguém adivinha, vou contar:
Os amigos resolveram homenageá-la com um jantar e, como estão todos de férias na praia, a festa foi à beira-mar. Foi um jantar muito agradável, a noite estava fabulosa e divertiram-se muito. Não faltou o bolo de anos com velinhas e, a propósito de velinhas, quero dizer que se viram gregos para as acender, pois o Senhor Vento estava bastante atrevido e soprava, soprava... Mas a dada altura, pensou que estava a ser mauzinho e deixou que se acendessem as velas. Ficou quietinho debaixo do toldo e foi observando tudo que faziam. Achou graça, quando cantaram "Parabéns a Você" e a Ana, de um sopro só, apagou as velas. Achou esquisito, quando depois de apagadas as velas bateram palmas, e pensou:
- "Quando sopro ninguém bate palmas!
Hei-de perguntar àqueles jovens, qual a razão por que bateram palmas".
O Vento acabou por não perguntar nada sobre as palmas, ficou só ali muito quieto a apreciar a festa, que estava divertidíssima.
Referi-me apenas a uma parte da festa, mas antes, em casa da Ana houve festa também. É certo que, como toda a gente procurava a Ana, foi difícil preparar as coisas para a festa, dado que era um corrupio, ora para a porta, ora para o telefone que não parava de tocar, e a Leonor estava a ver que não conseguia fazer os preparativos a tempo e horas. Contudo, com a boa vontade de todos, tudo se conciliou e fez-se uma festa bastante agradável.
A maior surpresa da aniversariante, foi quando uma das vezes que bateram à porta, espreitou pelo ralo para ver quem era e, deparou-se com três Ursinhos. (nunca se deve abrir a porta sem espreitar pelo ralo, e a Ana sempre foi muito cuidadosa. Quando era pequenina levava um banquinho para junto da porta e subia para chegar ao ralo e espreitar. Nunca se deve abrir a porta sem saber a quem).
- Que quereis, Ursinhos? - perguntou a Ana.
- Felicitar-te! - responderam sorridentes, mãozinhas levantadas para mostrar os balões que levavam para a Ana.
A Ana ficou boquiaberta, porque não conhecia os Ursinhos, mas achou-os tão encantadores, que abriu a porta e mandou-os entrar. Eles tinham ouvido falar da Ana e tinham que a conhecer, por isso se atreveram, ainda que com o risco de não serem recebidos (às vezes as pessoas têm medo dos ursos!)
Apresentados a toda a família, a aniversariante encaminhou-os para a mesa muito bem posta onde não faltavam as melhores iguarias e belos enfeites. Ali, saborearam petiscos nunca imaginados por eles e ainda assistiram ao partir do bolo de anos, que comeram com satisfação, tão delicioso ele estava.
Para despedida, os Três Ursinhos cantaram uma cantiguinha à Ana:
Nós somos os três Ursinhos
brancos da cor do algodão
dos meninos amiguinhos
do fundo do coração
Da Ana ouvimos falar
e do seu aniversário
da festa a organizar
da escassez do horário
Como somos atrevidos
batemos à porta dela
e fomos bem recebidos
baptizámo-la de BELA
A Leonor atarefada
com atenção às visitas
e que bela pequenada
fatiotas tão catitas
Parabéns à nossa BELA
radioso como flor
bonita mas bem singela
por isso é um AMOR
Quando à noite se juntou aos amigos na praia, a Ana falou-lhes da visita dos Ursinhos e repetiu os versinhos que eles lhe dedicaram.
Foi um dia inolvidável para todos e, sobretudo, para a Ana.
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