O
Tó Mané tem um boné
Que
usa sempre, durante
o dia.
Corre
o Mané e faz banzé,
Gritando
alto
com
alegria.
O
vento vem e sopra forte,
Rodopiando,
rouba o boné.
Chora
o Mané e faz banzé
E só suspira: Que triste sorte!
Pelo
jardim, foge o boné,
Até
a
um
ninho ele
ir
parar.
Pula
o Mané e faz banzé,
O
seu boné tem que salvar!
O
passarinho leva um susto,
As
asas bate, voa o boné.
Tomba
o Mané e faz banzé,
Põe-se
de pé a grande custo.
Sobre
o telhado paira
o boné
Como
bandeira a se
agitar.
Geme
o Mané e faz banzé,
Salta
que salta pr’a lhe chegar.
Desamparado,
o boné cai
Pela
conduta da chaminé.
Berra
o Mané e faz banzé,
Desiludido,
para casa vai.
E
conta à mãe: O meu boné
Fugiu,
voou, levou-o
o vento,
Caiu,
depois, pela chaminé,
Triste
ficou meu pensamento.
Tomando
o filho pela sua mão,
Foram
ao quarto do Tó Mané,
E
na lareira lá estava o boné
Enfarruscado,
cor
de
carvão.
Surpreendido,
o Tó Mané
Beijava
a mãe e até sorria.
Brinca
o Mané, já sem banzé,
Usa
o boné com alegria.
Sem comentários:
Enviar um comentário