Próxima de dar à luz,
Maria foi a Belém.
Ali, ia recensear-se,
E com seu esposo também.
A hora do Nascimento,
Os dois, sabendo-a chegada,
Num ‘stábulo se abrigaram,
Por não acharem pousada.
E, quando o Bebé nasceu,
Em panos foi enfaixado,
E, com o maior carinho,
Na manjedoura, deitado.
A guardar os seus rebanhos,
‘Stavam no campo os pastores,
Quando uma luz resplendeu
Na noite, a causar temores.
Mas um anjo apareceu,
Que logo os tranquilizou:
- Trago-vos boas notícias, -
E assim lhes anunciou:
- Hoje, nasceu em Belém,
Quem o mundo vai salvar.
Muito perto da cidade
O podereis adorar.
Muitos anjos entoavam
Hosanas e Glória a Deus:
- A Paz seja em toda a terra,
A todos os filhos Seus.
Caminho fora, os pastores
Seguiram co’as ovelhinhas,
Tendo encontrado o Menino
Reclinado nas palhinhas.
A vaca mais o burrinho
O amimam, com seu calor.
Seus amantíssimos Pais
Veneram-No com fervor.
Logo, os pastores saíram
A espalhar a Boa Nova.
E dois mil anos volvidos,
Louvamos co’ a mesma trova:
“Glória a Deus nas alturas,
E na terra,
Paz aos homens por Ele amados”.