quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AS ESTAÇÕES, poesia de Olavo Bilac (excerto)

Foto de Ilona Bastos

A PRIMAVERA

(Coro das quatro estações:)
Há tantos frutos nos ramos,
De tantas formas e cores!
Irmãs ! enquanto dançamos,
Saíram frutos das flores!

(A Primavera:)
Eu sou a Primavera !
Está limpa a atmosfera,
E o sol brilha semu !
Todos os passarinhos
Já saem dos seus ninhos,
Voando pelo céu.
Há risos na cascata,
Nos lagos e na mata,
Na serra e no vergel:
Andam os beija-flores
Pousando sobre as flores,
Sugando-lhes o mel.
Dou vida aos verdes ramos,
Dou voz aos gaturamos
E paz aos corações;
Cubro as paredes de hera;
Eu sou a Primavera,
A flor das estações !

Imagem do blogue Clareira Oculta

.
O OUTO
NO

(Coro das quatro estações:)
Há tantos frutos nos ramos,
De tantas formas e cores!
Irmãs ! enquanto dançamos,
Saíram frutos das flores!
.

(O Outono:)

Sou a estação mais rica:

A árvore frutifica
Durante esta estação;
No tempo da colheita,
A gente satisfeita
Saúda a Criação,
Concede a Natureza
O prémio da riqueza
Ao bom trabalhador,
E enche, contente e ufana,
De júbilo a choupana
De cada lavrador.
Vede como o galho,
Molhado inda de orvalho,
Maduro o fruto cai ...
Interrompendo as danças,
Aproveitai, crianças!
Os frutos apanhai!


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