quinta-feira, 2 de julho de 2009

A PANTUFA DO RICARDO, poesia de Maria da Fonseca



Ficou bem na nossa casa,
A pantufa do Ricardo.
Por sinal ‘stava escondida,
Onde sempre, as minhas, guardo.

Como choraste, Menino,
Por não achares a pantufa!
Procuraste incomodado
Numa grande lufa-lufa.

O teu Anjinho da Guarda
Não quis que ninguém a achasse.
Foi uma procura em vão,
Para que ela cá ficasse.

Qual é dos teus dois irmãos
O que faz mais travessuras?
Qual deles o mais traquinas
A aumentar tuas agruras?

Terá sido o Miguel gémeo
Que arranjou esta embrulhada?
Aprendeu “arruma, arruma”,
E a acção associada!

Ou o David, mais velho,
Que gosta de te assustar,
De pregar sua partida,
Só para te arreliar?

Ricardo, eu nunca me esqueço
De vós, meus queridos Netos.
Mas, a pantufa ficou
Pra recordar meus afectos.
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